quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

As duas faces de Cristo


Repara nesta imagem,
Nesta ternura, e carinho,
Para medita, pensa,
E diz-me,
Se não e este o caminho.

Semeia amor, para cultivares amor.



quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Porta para a 4ª Dimensão


Janela Para a 4 ª Dimensão;
Nuno Carvalhal, da zona de Nambuangongo, com o Batalhão, foi para a zona de Malange, onde terminou a comissão, daí, regressou a Portugal. Viveu todas as peripécias, inerentes a sua juventude, carácter e espírito de aventura, que dariam para escrever muito, mas não neste contexto.
Regressou ao Porto, casou, nasceu uma filha, a mais velha, que teve uma grande influência na sua vida.
Contava a filha cerca de três anos, veio com ela e mãe, passar o fim-de-semana a aldeia, deixou a mãe em casa dos avós maternos, ia com a filha ao café, depois de uma curva acentuada, ao passar em frente a uma mina (posso cavado na horizontal), a miúda começa em altos berros, foi obrigado a continuar uma vez que não podia fazer inversão de marcha, devido a duas curvas acentuadas, seguiu e na recta quando fez a inversão de marcha a filha já estava calma. Mas ao voltar a passar no mesmo sitio, voltaram os altos berros e convulsões. Deslocaram-se imediatamente ao hospital de S João, onde a miúda foi consultada, analisada e seguida.
Três anos depois, em Moçambique, o Nuno ao passar pela mesa da sua secretaria, viu e pegou no livro a (3ª Visão, do lobsang Rampa), a secretaria diz-lhe, é um livro interessante, se quiser empresto-lho, agradeceu e pousou o livro. Ao passar na Minerva viu o livro e comprou-o, quando a noite, na cama, estava a ler, a filha, cujo quarto era em frente ao seu, chama-o dizendo (papa, papa, anda aqui gente), o Nuno corre ao quarto da filha e não vê ninguém, ela diz que era uma senhora, com dedos compridos e uma anel muito bonito, que saiu pela janela,
A janela estava hermeticamente fechada. No dia seguinte encontrou um amigo, bem colocado na vida, casado com uma médica de grande nome, que tinha disponibilizado um andar completo, num prédio moderno, para um Centro Espírita. Colocou-lhe a questão da filha e a resposta foi simples! Na próxima semana vem cá o Divaldo Franco (na altura e hoje grande médium Brasileiro), levas a miúda ao centro e ele diz-te o que ela tem. Assim foi, na semana seguinte o Nuno leva a miúda, o amigo apresenta-os, o Divaldo baixa-se, pede-lhe um beijo, levanta-se e diz, não é nada de grave, ela tem uma missão, sabe qual é e vai cumpri-la. Dois dias depois o Divaldo Franco fez na Sociedade de Estudos a demonstração da maquina de kirlian, que faz a fotografia da aura, campo energético que rodeia o homem, no decorrer da apresentação, a miúda começa a contrair-se e a fazer esforço para não chorar, devido a um problema de dentes, situação que preocupou imenso o Nuno, que não queria perder a palestra e apresentação da maquina, colocou-lhe a mão na cara com carinho, e diz-lhe, pensa em Deus que isso passa. A dor passou e os dois assistiram a palestra até ao fim.
O Centro Espírita, metia uma certa confusão ao Nuno, apesar de ter assistido a vários fenómenos, não os aceitava, era demasiado terra a terra, ver para crer. A primeira coisa que lhe ocorreu, foi tentar perceber quais os dividendos que os mentores, obreiros do Centro tiravam. Aí percebeu a grande obra que representava; os dividendos que o centro trazia aos que nele estavam envolvidos, não eram materiais, nem sociais, dispunham, não recebiam, em termos sociais, eram na altura proibidos.

Deus proteje os audazes?

Deus protege os audazes?

Esta frase corresponde a uma meia verdade e pode ser analisada por vários ângulos. Nuno Carvalhal, não foi o único audaz na sua companhia e Batalhão, que saíram ilesos numa zona operacional de extrema dificuldade, a distância, depois de uma análise profunda, conclui-se, que feridos e mortos, saíram do lote dos menos audazes, com uma excepção.
O Lobo, alcunha porque era conhecido, bom solado, alegre, bem-disposto, carpinteiro de profissão, cujas obras necessárias no acampamento, lhe evitaram algumas operações, mas na última para que foi escalado, teve uma grave crise de medo, que chamou atenção de todos os colegas, a chorar, disse que ia, mas sabia que não voltava, voltou sim, mas sem vida.
Um outro, babeiro, que agudizava feridas nas pernas para não ser escalado, destilava medo por todos os poros, foi e voltou sem vida.
Um furriel, que arranjava doenças para se esquivar as operações, personificava o medo, na última operação que fez, ficou com um braço destroçado.
Abordamos estes três casos, porque fogem a rotina, os restantes feridos, correspondem a militares operacionais regulares.
Com esta abordagem, pretendemos chamar-lhe atenção para a seguinte questão! O medo é um sentimento negativo, da origem a pensamentos negativos, energias negativas, que ficam a nossa volta, não tem vibrações, atrai exactamente o que tememos.
Os audazes, que combatem o medo, não o deixam vingar, formam a sua volta uma espécie de escudo invisível, um conjunto de energias positivas, que repelem as negativas.
Temos de ter consciência que vivemos entre dois mundos energéticos antagónicos, que se combatem. Que a falta de outros nomes, podemos classificar de; (O da Criação, Bem, Divino, o da destruição, mal). E ainda, concluir, que são as opções que fazemos, os campos energéticos porque optamos, que determinam a caminhada do homem.
Posto isto; importa saber, qual é a origem destes campos energéticos antagónicos, como foram criados, como se desenvolveram.
É inegável que existe um cosmos transbordante de vida, criado por algo, alguém, imensamente superior ao homem, que denominamos de Deus.
É inegável que esta humanidade, decaiu, desceu da era do ouro a era do ferro. Importa saber a que se deve esta decadência.
Conjecturando; o mal não faz parte da criação Divina, mas sim da mente do homem, consoante a humanidade foi crescendo, foram-se desenvolvendo as energias negativas, geradas pelo homem, que levaram da era do ouro ao caos, importa saber como lidar com elas.

continua




3º Poste: Destino de Nuno Carvalhal



Poste 3
Depois dos três dias perdidos com o seu grupo de combate, Nuno Carvalhal entrou na rotina normal num dos teatros de guerra mais difíceis do norte de Angola. Quando saía e regressava ao acampamento, na mente, fervilhavam-lhe duas frases! Saio mas não sei se entro, no regresso! Desta já me safei, vamos ver a próxima. Na guerra, ser considerado acima da média, acarreta riscos, uma vez que lhe são atribuídas as missões mais difíceis, era exactamente o que acontecia ao Nuno. Muitas vezes ao entrar nos objectivos a frente do seu grupo de combate, fazia um grande esforço, para que não notassem que as pernas lhe tremiam, e não incutir medo nos homens que o seguiam. No entanto, ficava admirado consigo mesmo, com a lucidez, calma e tranquilidade de que era possuído quando surgiam os primeiros tiros, a preocupação eram os colegas, e muitas vezes perguntava-se como conseguiram sair das situações vividas, como se em lugar dele, outrem estivesse agir por ele. Neste ponto são muitos os episódios que ficam contar, mas não é este o sentido destes textos. Sofreu muitas emboscadas, passaram-lhe por perto muitas balas, que não deixa de ser normal num teatro de guerra.
Mas já não é normal, num regresso de Nambuangongo a Beira Baixa, caírem numa emboscada no morro da vingança, e a cabine da G M C em que seguia foi furada com 27 tiros, Nuno e condutor, não sofreram um arranhão. Dos militares que vinham na carroçaria, um ficou com um tornozelo furado de lado a lado.
Numa operação nas proximidades da Beira Baixa, em Canacassala, ia a frente dos dois grupos que estavam a fazer a operação, seguido do guia Graciano Sungue, este ao perceber que estavam a cair numa emboscada, rasteirou  e empurrou o Nuno para o chão, se o não tivesse feito o Nuno teria sido ceifado, pelas rajadas que de imediato lhe passaram por cima.

Continua: Poste 4

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Os primeiros contactos visiveis com o destino:


Os primeiros  contactos visiveis com o destino:
O Batalhão de Caçadores 460, foi destacado para Nambuangongo, e a Companhia de Caçadores 459, a que o Nuno pertencia, para a Beira Baixa, vinte dias depois, numa patrulha que devia ser de reconhecimento, com a duração de uma manha, o radiotelegrafista perdeu a antena do rádio, e os dois grupos de combate 1º e 2º, que faziam a patrulha, sem contacto com o acampamento perderam-se nas margens do rio Lifune. Ao segundo dia as avionetas em operações de busca, sobrevoaram-nos a distancia, acabando por recolher sem os localizar. O Nuno, na ânsia de arranjar pontos de referência, com meia dúzia de homens dos mais afoitos, subia a pontos altos (morros) e arvores na tentativa de identificar um tronco de árvore, alto e seco, que existia no morro de Quibaba, sobranceiro ao acampamento da C C 459, numa das tentativas, estavam a descer o morro por um lado, e um numeroso grupo (dos na altura denominados turras), pelo outro. Na mesma descida havia uma grande cratera escavada pelas chuvas torrenciais, o Nuno que ia a frente do grupo, forma um salto para uma plataforma, e já no ar, verifica que ia cair encima de uma grande serpente que estava enroscada, que ao sentir o Nuno emitiu um agudo assobio, sem perceber como, no ar, conseguiu saltar para mais longe, ainda hoje não sabe, como conseguiu evitar a serpente. Estava a cair a noite do 2º dia, reuniu-se aos companheiros, alguns já a desmoralizar, sem comida e agua, chegaram a recorrer ao álcool da saca de enfermagem, e ao sabugo do capim para molhar a boca. Passada mais uma noite, com um amanhecer idêntico ao anterior, com cães a ladrar e os galos a cantar, dos vizinhos mais próximos. Cerca das 12 horas, voltam a ver ao longe as avionetas, a fazer círculos para os localizar, foram-se aproximando até que os localizaram. Lançaram-lhe ração de combate, enquanto comiam sofreram um ataque, a que ligaram pouca importância tal era a alegria por terem sido localizados. Mas faltava água, e o rio estava a cerca de (um km), o Nuno pegou em seis voluntários, carregaram os cantis e deslocaram-se para o rio, enquanto os colegas enchiam os cantis, o Nuno ficou de arma aperrada a montar segurança, começou a ouvir na sua frente, na outra margem do rio, barulho de pessoas que só podiam ser, os donos dos cães e galos, atento, para não disparar a sorte, começou a perceber na alhada em que se tinha metido, mandou largar os cantis e pegarem nas armas, os seis já instalados e de armas aperradas aguardavam a investida, quando nas suas costas, ainda a alguma distância, lhes soa a voz bem conhecida do comandante de Companhia, perguntando; estais aí; resposta; estamos mas não nos podemos levantar, temos forças inimigas pela frente. O comandante de companhia avançou com os seus homens, e eles ao verem que os seis gatos-pingados, estavam largamente reforçados, com grande densidade de fogo, retiraram-se. O Nuno e os seus homens saíram incólumes.
Em três dias, três casos flagrantes, descida do morro pelo lado contraio a subida, com eles a contar que descessem pelo mesmo lado, serpente e emboscada no rio.
 Acaso ou destino?

Continua



O Destino de Nuno Carvalhal



Introdução:
Nuno Carvalhal, nasceu num dos concelhos mais interiores do Distrito de Porto, entre os três e os nove anos de idade, viveu com os Avos paternos, proprietários abastados. A vida ao ar livre caldeou-lhe o gosto pela natureza e deu-lhe robustez física, granjeando-lhe algum ascendente entre os miúdos da sua idade, chegando ao ponto, de nas rixas com os de outros lugares, lhe solicitarem a defesa.
Os pais tinham-se separado, e aos nove foi viver com a mãe. Fez a instrução primária e deslocaram-se para Santo Tirso para que ele e a irmã continuassem a estudar. Daí fixaram-se em Vila Nova de Gaia. A sua infância decorreu normalmente, o seu temperamento desinibido e sem medos, levaram-no a praticar vários desportos, de entre eles o Boxe, que moldou o seu temperamento, dando-lhe autoconfiança, levando-o a não responder tão facilmente a provocações.
Ate ao serviço militar, nota-se levemente a cultura de um ego, e a aura de um miúdo homem desinibido, que se vem acentuar no serviço militar. Dotado de porte atlético, e bastante preparação física, era olhado pelos restantes colegas, com admiração e medo, nem uma coisa nem outra lhe agradava, queria ser simplesmente mais um, e que não se afastassem ou calassem, quando ele passava. Mas o destino teimava em fazer com que ele sobressai-se perante os restantes, e para isso, nas aulas de boxe, levou um soldado destemido de Viana do Castelo a por de lado a aula, e lutar a sério, dois murros e um Ko, foi o resultado, dias depois acontece o mesmo com um cabo de Monção. Para derreter o gelo dias depois convidou-os para beber um copo na cidade, a partir daí, quando se preparava para sair eram eles que pediam para sair com ele.
Ao passar por uma caserna estava um cabo miliciano (futuro furriel), as voltas com um aerograma, minutos depois volta a passar e o aerograma estava nas mesma, o que levou o Nuno a perguntar-lhe, então não sai nada, resposta; estou a tentar escrever para a minha namorada mas não sei o que lhe dizer, fala-lhe da tua nova vida, dos teus colegas e acima de tudo das saudades dos momentos que passaram juntos; mas não sei como lhe dizer! Ok, eu escrevo e depois passas com a tua letra, dias depois começaram aparecer mais clientes e o gelo começou a derreter. A admiração e medo transformavam-se em camaradagem e simpatia.
Formado o Batalho arrancou para a região dos Dembos, Angola, e se até aqui, a mão do destino tinha sido pouco visível, a partir daqui, as coisas mudaram completamente de figura.

Continua